Monday, October 21, 2013

Music Roundup #6 - Katy Perry "PRISM" review


Finalmente. Já chegou o novo álbum da Katy Perry. Depois do sublime "Teenage Dream" em 2010, a artista norte-americana rompeu o noivado com o Russel Brand, viajou, começou uma relação com o também músico John Mayer e com tanta bagagem começou a escrever material para o seu novo trabalho intitulado "PRISM".
Neste prisma, Katy prometeu aos fãs uma diversidade de sonoridades, tal como os ângulos, faces, reflexos da lapidada figura geométrica. Consegue fazê-lo na perfeição, sem fugir à sua essência e àquilo que a tornou uma superstar acima de tudo. 


Para mim este foi um dos álbuns mais esperados do ano. Só o nome Katy Perry traz-me recordações, não só porque estive presente em ambos os concertos que ela deu em Portugal, mas também porque "Teenage Dream" é a minha música favorita de todo o sempre. Em "Prism", a Katy tornou-se definitivamente pop, deixando as suas raízes acústicas e mais rockeiras do 1º álbum para trás. O CD abre com "Roar", um verdadeiro smash hit que dispensa apresentações. É um começo ideal, possante e com lyrics inspiradoras. O vídeo então foi um estrondo, mas isso já sabem que eu adorei porque já falei dele noutras núpcias.
De seguida temos "Legendary Lovers" e eu assustei-me, primeiro porque não gostei muito da música, achei muito cheesy e pensei... "realmente isto é uma sonoridade nova para a Katy, mas não tenho a certeza se a quero ver a fazer disto", um beat meio indiano/arábico com elementos electrónicos enquanto fala sobre a fantasia de um amor lendário e perfeito. Tudo muito bollywoodesco... e depois "Birthday", uma canção divertida, com um feel muito upbeat, consigo ouvir alguns elementos throwback, bastante ao estilo do que o Bruno Mars tem feito. Não me surpreendeu, mas novamente mais uma cor para juntar a este arco-íris. E o que me dizem de "Walking On Air"? A Katy já tinha lançado esta música como promotional single e mal ouvi, percebi logo que ela quis recuperar o disco dos anos 90, vejo-o como uma versão moderna do "I Will Survive" da Gloria Gaynor.


Agora chegamos à minha canção preferida, e 2º single do álbum, "Unconditionally". Não tenho palavras, desde a voz suave e penetrante acompanhada por um beat muito ao estilo Dr. Luke/Max Martin... esta dupla de produtores responsáveis pela produção executiva do álbum e de outros êxitos passados de Perry. Uma love song arrebatadora.


Em "Dark Horse", Katy Perry decide ir mais r&b/hip-hop com o feature do rapper Juicy J. É outra das minhas músicas favoritas do álbum... e para mim tem que ser single obrigatoriamente! O instrumental fez-me lembrar em algumas partes o hit "Gangster's Paradise" do Coolio. Adoro, o bass da música... já a ouvi no meu carro em volume máximo e é crazy! Amo. A Katy volta a surpreender com a faixa seguinte "This Is How We Do"... novamente uma voz masculina e grave (ao estilo "We Can't Stop" da Miley Cyrus), marca o compasso desta canção. Outra que para mim tem de ser single, já estou a imaginar um vídeo... um verdadeiro hino de saídas à noite... digam-me lá que estas não são as melhores lyrics ever: "This is how we do/Chillin', laid back, straight stuntin', yeah we do it like that / This one goes out to all the ladies at breakfast in last night's dress. I see you". Genial!
"International Smile" é a música mais genérica e dispensável de "PRISM". Next... o fim de uma relação é relatada em "Ghost", muito etérea e sem dúvida uma break up song, imagino que muitas pessoas se vão identificar com a letra.
O fecho do álbum aproxima-se com a vulnerabilidade de "Love Me" ao dizer "I want you to love me" e depois a fantástica "This Moment", uma balada que recupera elementos sonoros dos anos 80, aqui Katy quer aproveitar o agora com o loved one dela. Muito cute e romântica.


"Double Rainbow" é a penúltima música de "PRISM" e foi composta por Sia, também responsável por muitos hits. No entanto, apesar do título colorido, a música é muito sincopada e num registo menos upbeat e mais midtempo. A versão standard do álbum termina com a belíssima balada "By The Grace Of God". Apenas acompanhada por um piano e com uma voz muito crua e natrual, Katy volta às raízes do Christian Pop com o qual começou a sua carreira como vocalista, sob o nome de Katy Hudson.


Não me esqueço da versão deluxe que pouco acrescenta ao álbum. "Spiritual" composta por John Mayer, mantém-se na sonoridade midtempo da segunda metade do álbum, assim como a fantástica "It Takes Two" co-escrita por Emeli Sandé e produzida por Stargate e Benny Blanco, responsáveis pelo smash "Firework". O fecho fica a cargo de "Choose Your Battles", onde a guerra é uma metáfora do amor e a sonoridade marca-se pelas batidas que parecem de tambores, de uma marcha militar. 
É por este body of work sublime que Katy Perry se solidifica como um dos valores indispensáveis do pop actual, prova disso é que "PRISM" já é #1 em 69 países. Quando é que os vossos faves vão conseguir uma proeza destas? Han? Pois! 

HOT: "Unconditionally", "This Is How We Do", "Dark Horse" e "Roar"
NOT: "Legendary Lovers" e "International Smile"
REVIEW: 8/10

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