BURBERRY PRORSUM
Adorável... A colecção para o próximo inverno sugerida pela marca britânica vai buscar o classicismo típico da Burberry e introduz novos elementos que dão personalidade às propostas do director criativo Christopher Bailey. São eles o animal print utilizado em casacos, detalhes e sapatos e também um padrão de corações que é muito apetecível, na minha opinião. As linhas são simples e dou um grande destaque para os trench coats em látex. Adorava ter o encarnado, iria completar o meu guarda-roupa. O layering do desfile também ajudou porque o padrão dos corações visível através da transparência do látex fica genial. E os óculos de sol com lentes em padrão leopardo? Quero.
VERSACE
A Donatella Versace sabe precisamente como arrasar com a competição em qualquer semana da moda. E minimalista é uma palavra que a Versace não tem no seu dicionário. O ADN da casa italiana está presente apesar do cromatismo não passar além do preto, cinzento, branco, castanho e alguns apontamentos coloridos aqui e ali. Os fatos estilo gigolô estão presentes com um swag moderno, alguns completam-se com calças ou camisas de padrão preto e branco. Os coats de pêlo são sublimes assim como as botas, os blusões, as peças leather, tudo numa mistura aparentemente heterogénea. Porém, se há excesso que resulta na perfeição é o excesso 'Versaciano'. Até numa secção de underwear mais arrojada, com renda, a Donatella quis apostar. Admito que aí foi um bocado too much, mas se havia alguém que o podia fazer, era ela mesmo. Sexy, trashy and sophisticated!!!
SALVATORE FERRAGAMO
UHGGGGGGG LORD HAVE MERCY ON MEEEE! O Fall/Winter 2013/14 da Salvatore Ferragamo vai ser bom demais. Dark e citadina, a colecção concebida por Massimiliano Giornetti é tudo aquilo que eu podia desejar e mais. Sobretudos, leather jackets, calças vincadas, camisas elegantes, tudo em verde noir, midnight blue, cinza e preto. Sinceramente, a Salvatore Ferragamo está a tornar-se das minhas marcas preferidas porque eu era capaz de usar tudo, tudo, tudo. As lapelas dos sobretudos levantadas, o cachecol com uma espécie de presilha, óculos com protectores laterais, perfectos que misturam leather com camurça, que cosmopolitismo magnífico. A marca italiana prepara-nos para o frio e chuva tudo num estilo misterioso. De 0 a 10, dou 11!!!
EMPORIO ARMANI
O Giorgio Armani deve ser um verdadeiro workaholic porque apresenta sempre imensos looks e 2 colecções masculinas por cada season, uma para a sua marca homónima e outra para a linha Emporio Armani. Esta colecção da Emporio teve 87 coordenados... when will your faves? Provavelmente iria perfazer 10 colecções dos vossos faves não é?! I know, right?! A inspiração scuba/ski está presente no tecido estilo impermeável, nos looks cozy; a junção de texturas é fantástica e oferece uma gama de knitwear, coats, sweaters, calças e sapatos tudo numa fluidez que nos faz querer mais e mais. O meu "eu consumista" gosta sempre das colecções da Armani, porque são bastante clean-cut, têm um espírito muito jovial mas adulto ao mesmo tempo. Isso agrada-me!
GIORGIO ARMANI
Em tons mais negros, a colecção de inverno da marca italiana Giorgio Armani completa a Emporio. Veludos, flanela e pêlo são presenças fortes numa linha que eu diria romântica, geométrica e masculina. 74 looks de puro imperialismo e poder que o veterano Mr. Armani consegue trazer com eficácia a cada estação. Nada o impede que aos 78 anos continue com uma imaginação aguçada, ou não fosse ele um esteta da velha guarda. Mais uma vez, é uma colecção que eu desejaria para a estação fria e adorei ver o Paolo Roldan desfilar, slaying your faves como é óbvio.
CALVIN KLEIN
Minimalismo foi provavelmente a palavra de ordem para a Calvin Klein Collection Fall/Winter 2013/14. Não que isso seja mau, até porque less por enquanto continua a ser more. Existe uma certa rigidez futurista e também linearidade nos cortes e volumes desta linha, algo que me atrai bastante, até porque tudo pode parecer muito simples mas se olharmos com atenção vemos o cuidado e a mestria na conjugação de materiais e texturas. As cores centram-se muito no burgundy, navy, cinza e preto, chegando por vezes a parecer looks de alguém com um Obsessive Compulsive Disorder. Alguém meticuloso e perfeccionista. No entanto, há também que destacar a alfaiataria que continua a ser um dos pontos fortes da Calvin Klein, tem fatos brilhantemente confeccionados e red-carpet-ready. Há apenas um senão, pois quando posta em comparação com outras colecções mais pungentes, estas propostas da Calvin Klein perdem protagonismo, embora injustamente.
JIL SANDER
O depurado sentido estético de Jil Sander foi algo que a designer quis implementar quando voltou a tomar as rédeas da marca a que empresta o nome, após a saída de Raf Simons. Se na colecção SS13 notávamos uma transição e alguns elementos gráficos remetiam para Raf, nesta colecção de Inverno tudo isso ficou para trás. As fazendas são bastante masculinas e vincadas, silhuetas meticulosas e uma colecção de casacos difícil de igualar. Os grandes colarinhos e os assertoados fazem uma involuntária referência a um militarismo urbano, embora não seja essa a temática da colecção. Um dos destaques que faço é o xadrez em cinza, navy e burgundy, porque quer em casaco quer em camisola funcionam lindamente. Acima de tudo, estas propostas ajudaram-me a perceber que a Jil Sander está numa boa direcção, agora é aguardar e ver se a designer irá arriscar mais nas próximas colecções.
PRADA
Ai Prada, Prada... A Prada é daquelas marcas que me faz parar. Faz-me ficar a olhar para o relógio em contagem decrescente para ver o desfile em live stream. Embora não possa ter o privilégio de assistir ao vivo, ao menos a vantagem da tecnologia permite-me que eu veja as propostas no momento exacto em que elas são apresentadas. Um elemento cativante foi o cenário do desfile, numa espécie de apartamento decorado num estilo moderno, em plena cidade. A colecção Fall/Winter 2013/14 apesar de não ser minimal, é simples. Aliás, simplicidade, normalidade e banalidade foram os fios condutores desta colecção que Miuccia Prada disse ser uma das mais sofisticadas que já apresentou. Concordo em certa medida, pois enquanto via o desfile lembrava-me da subcultura dos teddy boys, alvo de estudo das minhas aulas de Teorias da Comunicação. Fora o conceito, a colecção foi muito insípida. Gostei das cores, nota-se que houve uma busca de tons interessantes, adoro principalmente as calças que mostram o tornozelo sem meias (um pouco frio para a estação fria, mas ok!). Depois temos os sapatos, muito marcantes, os colarinhos meio desajeitados das camisas, com sweaters e casacos por cima, um layering cromático cativante, mas não o suficiente. Outro dos pontos altos foram os casacos curtos, com elástico largo na zona da cintura. Adorei!!! Já as camisas com folhos eram de fugir. Fugir para bem longe. O leather meio baço e quebrado foi uma boa opção, mas pessoalmente preferia outros cortes. Ainda assim, nunca se pode dizer mal de Prada. Para o pedestal em que eu meto a casa italiana, acho que era possível muito mais!
FENDI
Gostei de Fendi. MAS há sempre um mas. O conceito de frio nórdico, ártico talvez, foi visto em meia dúzia de looks, de resto a directora criativa Silvia Venturini limitou-se a fazer propostas simplistas, todavia sofisticadas. As malhas e os casacões com pêlo são as peças que mais gostei, os sapatos também me enchem as medidas. Já as botas são meio abominável homem das neves... mas divertem-me! Em suma, foi uma colecção relativamente homogénea que prepara verdadeiramente qualquer homem para o Outono/Inverno, para o frio e para a chuva.
DSQUARED2
Os gémeos Dean e Dan pegaram na vibe negra dos clubes de Jazz dos anos 40 e deram-lhe uma roupagem moderna e muito à la Dsquared2. Looks muito vestíveis e o styling do desfile foi bastante lookbook da Zara ou outra marca do género. Adorei os chapéus, as botas, as camisolas e os casacos. O conceito foi mediano e os designers mostraram mais uma vez que sabem montar um bom espectáculo... já as criações podia ser mais refinadas e não tão básicas. Não achei que existisse grande novidade mas está uma linha luxuosa e jovem, a essência oldie transportada para a actualidade. Porém, gostava que Dean e Dan Caten evoluíssem o estilo deles, apurassem a própria estética e apresentassem algo mais vanguardista, mais arrojado e não tão safe.