30 Seconds To Mars.
5ª feira. E mais não digo!
5ª feira. E mais não digo!

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O sentimento era uma espécie de embriaguez... eu não estava lúcido, de todo. E quem me conhece sabe bem o quão pouco gosto de perder o controlo sobre mim próprio. Sou provavelmente aquilo que se denomina de control freak. E já que estamos numa de estrangeirismos, I let myself go e perdi-me no labirinto que criaste para me engolir eternamente. Aquele labirinto era impossível e eu para além de não perceber, também andei às voltas, num quebra cabeças... que no final acabou por ser um quebra corações. Plural não, singular que eu só tenho um. As palavras cruzadas começaram a não ter espaços suficientes... porque eram silêncios. Silêncios teus. Não sei se estavas à espera que os entendesse, não sei se foi a maneira mais fácil de conscientemente me excluires de ti. Foi angustiante e inesperado. Nessa altura eu estava sozinho... sem ter para onde ir.
Desapareceste. E eu fiquei ali. Agora nem metáforas tenho para explicar aquilo que sinto. O vazio. Já alguma vez te perguntaste como será? É escuro e triste. Não sei bem se tem paredes porque não as consigo ver... a sensação é a de que estou sempre a cair. É frio. Gélido até.
Seguiste como se nada fosse. Olá, hoje. Adeus, amanhã. Tão simples quanto isso. Não olhaste para trás sequer. Para mim foi fulminante... como um fósforo... à medida que ardia, ia queimando. E foi em cinzas que fiquei. A questão é que a lenda da fénix não passa disso mesmo: uma lenda. Por isso não houve renascimento para ninguém. Muito menos vento para levar as cinzas em que me tornei. Gostei demasiado de ti e fiquei inábil. Sem pensar. Absorto no teu último olhar... que mal consigo recordar porque não imaginei que fosse o último. Lembro-me sim que era triste, sempre foi. Aliás, eu era a tua parte mais feliz. Essa tua melancolia foi aquilo que nos equilibrou... as tuas imperfeições pareciam-me românticas. Trágicas. E os papéis inverteram-se. Absorveste-me e depois deixaste-me, como se fosse um despojo. Um peso na consciência, talvez. Na tua, claro!