Eu armado em crítico de filmes (1)

Ultimamente tenho visto muitos filmes. Uns que me chama à atenção, outros que ouvi dizer que são bons e ainda filmes que à partida não me dizem nada mas que depois acabam por me despertar a curiosidade porque toda a gente viu excepto eu. Bom, então aqui vai uma curta crítica aos últimos filmes que vi.

The International

Este filme tinha tudo para ser óptimo: um elenco de luxo (destaque para a fabulosa Naomi Watts de quem sou fã), o facto de ser um thriller, aparentemente um argumento interessante e um trailer arrebatador.
Começo a ver o filme e qual não é o meu espanto quando começo a achar que o filme estava a meio. Bom, o filme estava mesmo a começar, mas rapidamente apanhei a narrativa e apesar dos personagens caírem assim todos um pouco de pára-quedas dava para perceber a ideia. No entanto, a complexidade da história começa a deixar-me um pouco confuso, tanto estamos em Itália, como estamos nos Estados Unidos, mas depois já estamos num outro sítio qualquer. Entretanto, certos fios da narrativa parecem não ter desenlace nem justificação plausível, já para não falar que todo o filme se desenvolve com base numa espécie de teoria da conspiração: uma espécie de máfia onde está envolvido um banco internacional, a compra ilegal de armas, mil e um assassinos, mil e duas mortes e por aí fora. Esperava mais, mas também não dei o meu tempo por perdido, se bem que o filme é um pouco pessimista ao mostrar que tudo é corrupto e que o personagem de Clive Owen é um mártir. Um bocadinho maniqueísta na minha opinião, ainda assim um filme interessante.


My Bloody Valentine


Adoro filmes de terror mas este filme é a maior porcaria que vi nos últimos tempos. Basicamente, pegar na premissa de um assassino do dia de S. Valentim que decide matar pessoas sem justificação aparente, numa mina de carvão, onde um grupo de jovens fazia uma festa. Um bocado improvável, don't you think? Anyway, parece que assim quiseram fazer e apesar da narrativa ser uma grande confusão, porque um gosta de outra que depois o deixa para trás e dez anos mais tarde já está casado com o inimigo e a ex-namorada do inimigo dorme com camionistas e o principal regressa e começam a existir assassinatos outra vez... A única coisa que me ocorre dizer é que se tivesse visto este filme no cinema com os oculos 3D, até tinha uns efeitos interessantes e assustadores que em 3D estariam sem dúvida alguma potencializados. Tirando isso, o twist final é muito previsível, nada surpreendente, os personagens não têm profundidade alguma e overall não é assim tão assustador. De resto, há demasiada violência gratuita, muito sangue e uma narrativa cheia de buracos. Com Jensen Ackles (Supernatural) e Jaime King.


Hotel for Dogs

O típico filme de família que dá ao Domingo na Sic. Dois irmãos órfãos que têm um cão à revelia dos seus loucos pais adoptivos. Um dia, o cão a fugir aos senhores do canil esconde-se num hotel abandonado, que posteriormente é restaurado pelos dois irmãos e por mais uns amigos que se vão juntando à historieta. Depois começam a recolher cães abandonados e a dar-lhes um tratamento VIP no hotel. Apesar de alguns contratempos acaba tudo bem, como seria de esperar.
Nada pretensioso o filme, ainda assim tem algumas cenas divertidas e que me conseguiram arrancar uma ou outra gargalhada. Os cães não falam (GRAÇAS A DEUS!) e de resto o que me chamou mais à atenção foi a actriz Emma Roberts.
P.S. Os cães são muito cómicos!


Confessions of a Shopaholic

Baseado no romance "Louca Por Compras", este filme é uma lufada de ar fresco nas comédias que por aí andam. Quando fui ver este filme ao cinema, dei por bem empregue o dinheiro e não me ria tanto há imenso tempo.
Isla Fisher mostra todo o seu talento de actriz e comediante ao interpretar Rebecca Bloomwood, uma viciada em compras que está endividada até à ponta dos cabelos e que tenta desesperadamente arranjar um emprego para dar um rumo à sua vida. Entre muitas peripécias, apaixona-se pelo patrão (Hugh Dancy), é perseguida por um senhor que a quer obrigar a pagar as suas dívidas, mente compulsivamente e não resiste a uns bons saldos.
Hilariante e repleto de piadas sofisticadas, o filme não desilude, pelo contrário, o filme atinge claramente os objectivos a que se propôs: entreter e satirizar de uma maneira hiperbólica os hábitos de consumismo desenfreado que caracteriza o dia-a-dia de muitas pessoas. A mancha cromática do filme é fantástica e cativante, a narrativa é inteligente, sarcástica e de certa forma moralizante. Pode não ser um filme para os Óscars, mas é um must-see!


Bride Wars

Kate Hudson e Anne Hathaway uniram forças nesta comédia romântica sobre duas melhores amigas que entram em guerra por não quererem partilhar o dia e o local do casamento. Esquecem a amizade que as uniu desde crianças, tornam-se teimosas e vingativas, e ultrapassam algumas peripécias e adversidades com o intuito de ter um casamento de sonho.
Apesar de ser um filme razoável, a narrativa é muito vazia e são as actrizes que garantem o filme, nada mais.
Existe também um twist final, um pouco previsível e o final do filme abre caminho para um quiçá "Baby Wars"?! Talvez! De resto as cenas cómicas são um pouco forçadas e o filme assenta muito em algum exagero. Ainda assim, dá para nos mantermos distraídos, mas há melhor para ver. Se tivesse que resumir o filme em 2 palavras, diria: popcorn movie.